Nacional, o bicho-papão da 26ª Copa Santiago
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Quem aí se habilita a derrubar o gigante uruguaio do artilheiro Otormín? Foto: Ieda Beltrão/Rádio Santiago |
A história da Copa Santiago mostra que apenas uma equipe estrangeira conquistou o título da competição ao logo de 25 anos de disputa. E mais, esta mesma equipe chegou lá em duas oportunidades. E se trata de quem? Nacional, do Uruguai.
Campeão da primeira edição, quando superou um Grêmio que tinha Danrlei e Carlos Miguel entre seus destaques, o clube uruguaio frequentou a Copa durante anos, até que em 2004 a conquistou pela segunda vez, derrotando na final a Seleção da China, o xodó da torcida naquele ano.
Jogando um futebol sério e competente, sem espaço para firulas, assim o Nacional sempre participou da Copa “comendo pelas beiradas”, chegando como quem não quer nada e tirando o sono de muita gente.
Em 2014, no entanto, o Nacional já provou e comprovou que pode chegar ao tricampeonato. Não temo dizer isso hoje, assim como não temia afirmar isso após a segunda partida, da terceira… Pode-se queimar a língua quando se coloca um favoritismo para este ou aquele, mas a verdade é que o Nacional vem jogando um futebol de encher os olhos.
Sério, competente, competitivo, mas bonito também. Com uma safra de jogadores tecnicamente muito bons, o time uruguaio tem no banco de reservas um suporte e tanto em seu técnico, que consegue tirar o máximo da equipe, qualquer que seja a formação. Com time reserva, time misto, time titular, após cinco substituições.
Claro que os uruguaios não aceitam o rótulo de favoritos. E o fazem muito bem. Mas é impossível não colocar o time uruguaio como a principal força desta Copa. Os números estão aí para comprovar. São 12 pontos em 12 disputados, 13 gols marcados e 5 sofridos.
É óbvio que a partir das quartas de final tudo muda. De nada adianta ter um aproveitamento de 100% na primeira fase se logo no primeiro jogo eliminatório a equipe for derrota. Mas algo me diz que o Nacional vai muito além da primeira fase. E os outros que se cuidem e tratem de melhorar, porque o bicho-papão da Copa está aí, pronto pra atacar e devorar novas “vítimas”.