Duda Calvin em Santiago: sempre há dois lados da moeda #ColunadoJúlioMartins
Ontem à noite eu deveria estar presente no Workshop com o Duda Calvin e só não o fiz porque tive razões mais fortes para ficar por casa. Gostaria de ter estado lá para ficar mais fácil até de escrever as linhas a seguir, mas, como não foi possível, me sirvo dos olhos e ouvidos da Renata Saciloto, pessoa que respeito e admiro muito por ter posição forte e que sabe diferenciar “alhos de bugalhos”. A propósito, eu sabia que ele é candidato a deputado estadual. Está lá no site do TSE.
Como ela me prometeu hoje fazer um relato sobre a passagem do Duda por Santiago, foi isso que ela fez hoje pela manhã, desta forma:
“Eu tenho certeza que todo mundo que estava lá sabia que ele é candidato. Independente de politicagem o cara se propôs a um debate massa, falou de política pública pra cultura que é um tema muito pouco debatido aqui, apesar do esforço de algumas pessoas, e deu um baita incentivo pros artistas de Santiago. Mas é claro que isso ninguém vai falar né?”
E por que a Renata escreveu neste tom? Por que algumas pessoas viram propaganda política na conversa do Duda com os que foram ao Auditório Caio Fernando Abreu na fria noite de quinta.
Ora, minha gente, precisamos aprender a tirar o melhor proveito possível das coisas antes de depreciá-las. Como disse a Renata, o cara tem experiência de sobra para passar aos que estão começando nessa luta e querem chegar a algum lugar na dura profissão de músico, de pessoa que quer viver da cultura. Bom seria se ao invés de irmos a um evento desses “armados”, fossemos com papel e caneta a tiracolo para anotar as coisas boas ali colocadas e direcioná-las para a prática, ajudando de verdade a fazer acontecer.
A Renata ainda acrescentou:
“Duda, que é professor de história, fez um apanhado geral sobre a história do rock gaúcho e frisou a importância de investir nos novos músicos gaúchos, não só de rock, mas de todos os gêneros. Conforme ele, o Rio Grande do Sul precisa voltar a ser um estado exportador de cultura, como acontecia ha alguns anos. Falou ainda sobre o funcionamento da indústria cultural e apontou alternativas para os músicos independentes que não têm como bancar as exigências dessa indústria.”
Não faço ideia de como vai ser a campanha do cara, até porque já escolhi meu candidato (e não é ele) e pouca diferença faz para mim o número de votos que ele fará em outubro. Se fosse ao Workshop iria para aprender algo com o Duda, vocalista da Tequila Baby, um das minhas bandas favoritas, tietar, tirar uma foto com ele, comprar um cd, pedir o autógrafo dele e quem sabe, gravar uma chamadinha pra Rádio Conteúdos Criativos. E ponto!
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Foto: Duda Calvin/Arquivo pessoal |